23 de junho de 2016
Falta de verba força redução de operação de supercomputador usado em pesquisa do vírus zika
O supercomputador Santos Dumont, inaugurado no Rio de Janeiro este ano, 2016, e que seria utilizado em uma série de pesquisas que inclui o vírus da zika, teve de ser desligado em meio a cortes de recursos do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), afirmaram pesquisadores nesta quarta-feira, 22. "Os problemas financeiros provocaram o desligamento do Santos Dumont entre o mês passado e esse mês", disse à Reuters o chefe do Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Sinapad), Antônio Tadeu.
O motivo para o corte na operação da máquina é a falta de recursos provocada pelo contingenciamento de verbas do LNCC. Como é capaz de rodar a uma velocidade de até 1 milhão de vezes mais rápida que a de um notebook convencional, o Santos Dumont, consome muita energia. Estima-se que o custo mensal de energia da máquina seja de aproximadamente 500 mil reais.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação confirmou que a operação do supercomputador está comprometida, o que afetará as operações nos próximos meses. Porém, o ministério afirmou que a máquina está operando a 30 por cento de sua capacidade e que não foi totalmente desligada."O ministério espera que o equipamento retorne ao seu funcionamento pleno para não prejudicar as pesquisas e projetos desenvolvidos por esse importante centro de pesquisas", acrescentou a pasta.
Tadeu afirmou que o Santos Dumont está operando com carga mínima e que não está atendendo a usuários externos e grandes projetos. Segundo ele, a máquina está ativa, mas para manter componentes em funcionamento e não sofrer depreciação de sistemas eletrônicos e de refrigeração. "Ele não está atendendo à comunidade científica por problemas financeiros", afirmou.
Fonte: Reuters Focus