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28 de junho de 2016
Samarco admite que há riscos de novo rompimento da Barragem De Fundão, MG

APRESENTADORA ANA LUIZA GUIMARÃES: Sete meses depois da tragédia de Mariana, a região enfrenta agora um risco de novos vazamentos. A própria mineradora admite que a chegada da época de chuva vai ser uma ameaça.

REPÓRTER ISMAR MADEIRA: A Barragem de Fundão, que se rompeu em novembro do ano passado, ainda tem muito rejeito de minério, pelo menos 20 milhões de metros cúbicos. Para evitar que essa lama continue sendo levada para os rios, a Samarco construiu um dique, o S3, abaixo da barragem. Mas um estudo entregue agora pela mineradora ao Ministério Público de Minas Gerais mostra que isso não é suficiente. O documento apresenta uma simulação e diz que a capacidade de retenção do dique S3 vai se esgotar antes do início do período chuvoso.

PROMOTOR DE JUSTIÇA/CARLOS EDUARDO FERREIRA: Há risco reconhecido pela própria Samarco, de necessidade de novas intervenções para que não tenhamos outro fato grave como o rompimento da barragem de Fundão.

REPÓRTER ISMAR MADEIRA: Para evitar o problema, a Samarco pede autorização para construir um novo dique, o Ministério Público ainda está analisando a proposta. A resposta tem que ser rápida porque o período de chuva começa em setembro. As investigações para apurar as causas do rompimento da barragem mostraram que o excesso de água foi capaz de provocar novos deslizamentos de lama mesmo depois da tragédia. Em gravações de conversas telefônicas feitas pela Polícia Federal com autorização da justiça, funcionários da Samarco relataram o que aconteceu em janeiro deste ano durante uma forte chuva, dois meses depois do rompimento.

FUNCIONÁRIO 1: Desceu um material, assim, mas muito, viu? Deu uma onda aí, o Dagoberto falou que uns três metros, mais ou menos.

FUNCIONÁRIO 2: Cara, é impressionante.

FUNCIONÁRIO 3: Nossa, abriu o dique todo.

REPÓRTER ISMAR MADEIRA: Ontem, a Samarco começou o trabalho de limpeza do lago da hidrelétrica de Candonga, a 100 quilômetros da barragem que se rompeu. As comportas da usina foram fechadas para elevar o nível de água na barragem, assim, balsas com dragas poderão circular e retirar cerca de 10 milhões de metros cúbicos de rejeitos que ficaram retidos aqui. De acordo com um laudo apresentado pela Samarco, os coeficientes de segurança se mostraram no limite. Há risco de rompimento da barragem da hidrelétrica porque ela foi construída para suportar água e não rejeitos de minério.

PROMOTOR DE JUSTIÇA/CARLOS EDUARDO FERREIRA: Com o período chuvoso se esse material for carreado e encontrar a usina de Candonga não preparada para suportar esse volume, ela corre o risco de rompimento e daí o efeito seria trágico acima do que já houve com o rompimento da barragem de Fundão.

APRESENTADORA ANA LUIZA GUIMARÃES: A Samarco informou que as barragens da mineradora estão estáveis e sem vazamento de rejeitos.

APRESENTADOR CHICO PINHEIRO: Pois é, mas esse que é considerado a maior tragédia ambiental, maior crime ambiental do século XXI. Olha aqui, os moradores dessa região estão indignados porque não estão participando das discussões sobre a recuperação dessa área e sobre a segurança. Imagina, o programa de recuperação de segurança está sendo tocado exatamente pela empresa que é acusada de ser a criminosa de tudo isso, que é a Samarco. Ela que está resolvendo o que fazer. Quem vai pagar pelo que não tem preço?

APRESENTADORA ANA LUIZA GUIMARÃES: É uma situação difícil e agora os moradores enfrentam essa nova ameaça.

Fonte: Bom Dia Brasil

Secretaria de saúde
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