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29 de junho de 2016
Uma só dose de vacina para o zika protegeu ratinhos da infecção, Portugal, Europa

Quase todos os dias os cientistas dão um passo em frente na luta contra o vírus zika. Desde que, em fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o mundo estava perante uma emergência de saúde pública os avanços nos laboratórios sucedem-se a um ritmo impressionante. Desta vez, um grupo de cientistas anuncia na revista“Nature” que uma única dose de dois tipos diferentes de uma vacina contra o zika, que já infectou milhares de pessoas no Brasil, foi capaz de proteger ratinhos do vírus. Optimistas, os investigadores acreditam que esta é uma boa notícia para o desenvolvimento de uma vacina eficaz para os humanos. Encontrar uma vacina segura e eficaz contra o vírus zika para os humanos é actualmente uma prioridade a nível mundial.

Centenas de cientistas de laboratórios em quase todo o mundo apoiados por governos ou empresas e outras entidades filantrópicas trabalham para isso, para conhecer melhor a doença e os mecanismos de infecção deste vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e, assim, conseguir vencê-lo. E os resultados que têm vindo a público reflectem esse esforço extraordinário.

Um estudo liderado por investigadores do Centro Médico Beth Israel Deaconess, em Boston (EUA), em colaboração com cientistas do Instituto de Investigação do Exército Walter Reed (em Maryland, nos EUA) e da Universidade de São Paulo (no Brasil) que começou há poucos meses é publicado esta terça-feira, 28, na revista “Nature” com a indicação: “Artigo para revisão urgente.” Os cientistas apostaram em duas abordagens diferentes para testar a eficácia de uma vacina contra o vírus zika: uma delas foi baseada no ADN do vírus usando sequências de uma estirpe do Brasil e a outra desenvolvida a partir do vírus o purificado e inactivado de uma estirpe de Porto Rico. As duas abordagens resultaram.

Aliás, uma só dose de qualquer uma das duas vacinas foi suficiente para proteger os ratinhos que, após a imunização, foram expostos ao vírus durante quatro semanas. O grupo de controlo ficou infectado e o grupo de ratinhos vacinado não ficou. “A eficácia destas vacinas, a protecção evidente dos anticorpos e a semelhança com outras vacinas que foram desenvolvidas para outros flavivírus [família de vírus a que pertence o zika e outros como a da febre de dengue e a febre do Nilo] dá-nos grande optimismo que estamos no caminho certo que poderá levar ao desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra o zika para humanos”, afirma Dan Barouch, investigador e um dos autores do artigo, no comunicado de imprensa do Centro Médico Beth Israel Deaconess. O objectivo é o desenvolvimento de uma vacina contra o zika e a expectativa é que seja possível avançar para testes em humanos durante o primeiro semestre de 2017.

Outros investigadores esforçam-se para saber mais sobre o vírus: uma equipa norte-americana da Universidade de Wisconsin-Madison, com um estudo em macacos, conseguiu demonstrar que a infecção do vírus zika é mais prolongada na gravidez. Os resultados foram publicados também esta terça-feira, 28,na revista “Nature Communications” .Os investigadores concluíram que uma infecção com o vírus é capaz de proteger futuras infecções, mas a gravidez poderá prolongar drasticamente o tempo que o vírus permanece no organismo. Segundo perceberam, os animais (machos e fêmeas que não estavam grávidas) ficaram livres do vírus cerca de dez dias após uma infecção, enquanto as duas grávidas permaneceram com o vírus no sangue durante 30 a 70 dias.

Fonte: Público Online

Secretaria de saúde
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