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29 de junho de 2016
Teste em macacas sugere que zika fica mais tempo no corpo de grávidas, EUA

Depois de inocular o vírus da zika em macacas grávidas, um grupo internacional de cientistas revelou que a infecção torna o paciente imune a novas infecções por zika e que a gravidez prolonga drasticamente o tempo de permanência do vírus no corpo do paciente. O estudo, liderado pelo virologista americano David O'Connor, da Universidade de Wisconsin, em Madison (Estados Unidos), foi publicado nesta terça-feira, 28, na revista científica “Nature Communications”.

O novo experimento é o primeiro a ter realizado um modelo para o estudo sobre zika em primatas não-humanos. Segundo os autores, agora que o modelo está disponível, os estudos sobre o vírus poderão avançar mais rápido, abrindo caminho para descobertas de terapias e vacinas."O que mostramos com o modelo para o estudo em macacos é bastante coerente com o que foi observado em pessoas em estudos epidemiológicos", disse.

"É importante para nós demonstrar em um laboratório o que as pessoas têm observado em humanos - que a viremia (infecção pelo vírus da zika) cessa dentro de cerca de uma semana e que, depois disso, o paciente está protegido de futuras infecções pelo mesmo vírus", disse a pediatra Emma Mohr, da Universidade de Wisconsin, outra das autoras do estudo.

Os cientistas infectaram macacos com a linhagem do vírus da zika que está causando a epidemia no Brasil e que foi revelada na América do Sul em 2015. Eles constataram que, 10 semanas depois, os mesmos macacos já resistiam à mesma linhagem do vírus."Essa é uma excelente notícia para o desenvolvimento de uma vacina. Esse resultado sugere que o tipo de imunidade que ocorre naturalmente é suficiente (para deter o vírus). Se formos capazes de mimetizar esse processo em uma vacina, provavelmente teremos uma vacina muito bem sucedida", disse O'Connor.

O estudo também mostrou um claro contraste na duração da infecção em macacas grávidas, em comparação aos macacos machos e às macacas que não estavam grávidas. Embora os animais não gestantes tenham ficado livres do vírus 10 dias após a infecção, o vírus persistiu no sangue das macacas grávidas por períodos de 30 a 70 dias.A infecção prolongada tem implicações para os impactos severos do vírus zika durante a gravidez. Cientistas já haviam comprovado que a zika está ligada à ocorrência de problemas neurológicos em bebês, como a microcefalia.

"Temos boas notícias para a maior parte das pessoas: se você não está grávida e não tem risco de ficar grávida, você nem precisa se preocupar com a zika. Por outro lado, minha preocupação com o vírus da zika na gravidez é muito maior agora que há seis meses", disse O'Connor.

Fonte: Agência Estado
 

Secretaria de saúde
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