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05 de julho de 2016
Especialistas alertam para o perigo de se lançar inseticida sobre as cidades para matar o Aedes aegypti

Especialistas em saúde pública estão fazendo um alerta sobre o risco de se lançar inseticida de aviões para combater o mosquito Aedes aegypti. Entrou em vigor uma nova lei que prevê essa medida.

REPÓRTER ANDRÉ TRIGUEIRO: Essa é a nova arma contra o mosquito Aedes aegypti. Aviões parecidos com este, que lançam agrotóxicos nas lavouras, agora estão autorizados a jogar inseticida sobre as cidades onde o número de casos de dengue, chikungunya e zika for considerado preocupante. A nova lei sancionada pelo presidente em exercício, Michel Temer, prevê o uso de aeronaves, mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida. A lei contraria a recomendação técnica do próprio MS, que apontou no mês de abril, riscos para a população mais vulnerável, para as águas, os alimentos e o desequilíbrio ecológico causado pela mortandade de outras espécies. Várias associações e entidades ligadas à saúde pública se manifestaram contra a nova lei.

TOXICOLOGISTA FIOCRUZ/KAREN FRIEDRICH: A pulverização aérea nas cidades vai tornar todas essas pessoas expostas a quantidades de veneno que podem, de fato, desencadear doenças.

REPÓRTER ANDRÉ TRIGUEIRO: O inseticida mais usado no Brasil para combater o mosquito Aedes aegypti é o malathion. Ele costuma ser pulverizado nos carros fumacê em locais específicos. Segundo a OMS, há evidências de que o malathion causa câncer em animais, mas não se confirmou até o momento o mesmo efeito em seres humanos. Além disso, novas gerações de mosquitos já seriam mais resistentes ao veneno, obrigando o reforço da dose, ou uso de outras substâncias ainda mais tóxicas. O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola diz que se baseia numa tecnologia internacional para a aplicação do produto.

PRESIDENTE DO SINDAG/JULIO KÄMPF: Essa proposta nossa é a utilização dos equipamentos para maior rapidez e eficiência no controle do mosquito e utilizando produtos que sejam recomendados mundialmente.

REPÓRTER ANDRÉ TRIGUEIRO: No lugar de aviões pulverizando inseticida nas cidades, sanitaristas e profissionais de saúde defendem mais investimentos em saneamento básico, erradicação dos lixões e outras medidas que combatam os mosquitos sem nenhum risco para a população.

SANITARISTA FIOCRUZ/ANDRÉ BURIGO: Está se prolongando a meta de atingir saneamento básico para toda a população brasileira, para além de 2050, isso é extremamente grave, que é uma medida resolutiva que poderia contribuir para o controle dessa doença e de muitas outras. Nesse caso, sim, uma medida de uma política de promoção de justiça social.

APRESENTADOR WILLIAM BONNER: O Ministério da Saúde declarou que o uso de aviões é o último recurso a ser adotado para eliminar o Aedes aegypti, e reforçou que essa medida depende de aprovação das autoridades sanitárias.

Fonte: Jornal Nacional.

Secretaria de saúde
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