15 de julho de 2016
Ministério da Saúde estima 20 mil atendimentos durante a Olimpíada
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, apresentou, nesta terça-feira (12), o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde (CIOCS) para a Olimpíada e Paralimpíada do Rio. Durante o evento, foi informado que cerca de 20 mil atendimentos médicos e 700 remoções sejam feitas durante a Rio 2016.
De acordo com o MS, o número foi estimado baseado em outros grandes eventos, como a Copa do Mundo, de 2014, onde apenas 0,2 % dos participantes precisaram de algum tipo de atendimento foram das arenas. A estimativa internacional é que entre 1% e 2% do público em eventos de massa necessite de algum cuidado médico e apenas 0,2% a 0,5% tenha necessidade de transferência para serviços de maior complexidade.
Para os representantes das áreas da saúde, a maior preocupação durante o evento será a gripe e não a dengue ou zika. O Ministério da Saúde gastou R$ 72 milhões para colocar 146 ambulâncias à disposição durante os Jogos. Segundo o governo, a rede terá 235 leitos de retaguarda, em casos de acidente com muitas vítimas.
Estado recebeu R$ 230 milhões para a Saúde
Com a verba de R$ 2,9 bilhões repassada pelo Governo Federal para a Segurança Pública durante a Olimpíada, a Saúde do Rio de Janeiro conseguiu um remanejamento da verba estadual para regularizar o pagamento de seus servidores. De acordo com o secretário Estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira, o valor foi de R$ 230 milhões. “Com o recurso que o governo federal mandou, usou esse recurso pra segurança, conseguiu remanejar recursos pra área da saúde pra que a gente pudesse fazer os pagamentos regulares, não só pra esse mês, mas garantindo para os próximos meses.
A Saúde recebeu, agora, R$ 230 milhões pra apoiar as nossas unidades de saúde pra que a gente possa, também, apoiar os municípios do estado do Rio de Janeiro, que nos últimos meses nós também tivemos dificuldades em realizar repasses pra garantir o atendimento de saúde nos municípios”, explicou Luiz Antônio.
Centro Integrado fará monitoramento do Rio e de outras cidades que receberão competições.
O Centro Integrado receberá as ocorrências de saúde envolvendo atletas, delegações e espectadores, que serão monitoradas 24 horas por dia, através de centros de operações instalados nas cidades que receberão as competições. O Ciocs funcionará no Centro de Operações da Prefeitura do Rio, que fica na Cidade Nova, no Centro, a partir do dia 29 de julho até o fim da Paralimpíada, no dia 29 de setembro. No local, uma equipe do Ministério da Saúde com 125 profissionais atuará exclusivamente na coordenação desse trabalho.
O novo Centro fará monitoramento das situações de risco, das demandas por atendimento, da vigilância epidemiológica e sanitária, além de coordenar respostas em casos de emergências em saúde pública. Nas outras cidades que também receberão os jogos (Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Manaus) serão adotados o mesmo modelo de monitoramento que, segundo o Ministério, já é utilizado no país desde 2011.
Também foi lançado nesta terça-feira, 12, a versão olímpica do aplicativo "Guardiões da Saúde" e o novo portal Saúde do Viajante, que tem orientações para brasileiros e turistas sobre os cuidados e a prevenção à saúde. O aplicativo, que teve a sua primeira versão lançada na época da Copa do Mundo no Brasil, em 2014, foi aperfeiçoada com o objetivo de intensificar o monitoramento de ocorrências ligadas à saúde e as regiões que estejam sendo mais afetadas.
O aplicativo Guardiões da Saúde estará disponível, além do português, em seis idiomas: inglês, francês, espanhol, russo, árabe e chinês.
Durante a Copa do Mundo do Brasil, foram feitos 10 mil downloads e 5 mil participantes fizeram notificações mais de uma vez, mas não foram confirmados nos dados do Ministério da Saúde nenhum surto significativo. "Dessa vez, estamos almejando 100 mil downloads", disse o consultor do aplicativo, Marlo Libel.
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/olimpiadas/rio2016/noticia/2016/07/ministerio-da-saude-estima-20-mil-atendimentos-durante-olimpiada.html