15 de julho de 2016
Servidores treinam para atuar em acidentes extremos durante as Olimpíadas em Manaus
Apesar da baixa probabilidade de acontecerem acidentes químicos, biológicos e nucleares, servidores do Samu, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros estão sendo capacitados. A probabilidade de acontecer um acidente com agentes químicos, radiológicos e nucleares em Manaus é baixa, mas não impossível, principalmente durante grandes eventos, onde todo cuidado com a segurança do público deve ser priorizado, segundo avaliação das autoridades.
Para evitar esse tipo de problema, servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros estão participando de um curso, que encerra hoje, sobre como proceder em situações como estas.
O treinamento está sendo realizado em parceria com a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FNSUS) e envolve pelo menos 230 servidores. Em 2014, antes da Copa do Mundo, outros servidores haviam sido treinados para reagir a este tipo de evento extremo. “Quando um acidente deste acontece, as Forças Armadas são as primeiras a atuar na linha de frente. Mas depois acontece todo o trabalho de atendimento envolvendo médicos, enfermeiros e motoristas do atendimento móvel”, explicou o gerente do SAMU, Ruy Jorge Abrahim Lima.
Ele explica, ainda, que o curso visa principalmente a segurança durante os jogos do torneio de futebol da Olímpiada Rio 2016 em Manaus. Porém, a mesma técnica foi utilizada na Copa do Mundo 2014 e nos jogos Pan Americanos, envolvendo todos os serviços de segurança e de saúde. “Devemos estar preparados para evitar um acidente desse tipo, seja químico, radiológico, biológico ou nuclear”, completou.
Em caso de ataques terroristas, o primeiro atendimento é com as Forças Armadas. Para a desintoxicação das vítimas e evacuar o local, entram os servidores da saúde. “O hospital referencia é o Francisca Mendes, que já possui uma sala toda preparada para receber pacientes”. Os servidores também usam roupas específicas, chamadas paivec, um tipo de macacão de proteção. “Vamos ter também uma ambulância toda envelopada por dentro para fazer todo esse atendimento no móvel, para que o paciente já chegue descontaminado no hospital”.
A representante do FNSUS, Lilian Barreto, explicou que os cursos são realizados com o apoio e estrutura técnica de instituições de excelência em pesquisa e desenvolvimento como a Fundação Eletronuclear de Assistência Médica (Feam), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a Fundação Osvaldo Cruz, com seus especialistas em cooperação com o Ministério da Saúde. O curso aborda os aspectos gerais e clínicos dos agentes radiológicos, nucleares, biológicos e químicos com palestras e atividades práticas desenvolvidas por especialistas do Rio de Janeiro, Brasília e do Amazonas. O curso faz parte dos preparativos previstos pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) para as Olimpíadas Rio 2016, em Manaus.
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