(...) Muitas pessoas me perguntam se tenho medo de ataques terroristas durante as Olimpíadas de 2016. Confesso que não consigo responder. Do fundo do meu coração brota novamente o medo infantil.

Se nos anos da Guerra Fria havia lados, Estados que poderiam estabelecer a paz em conversas ao redor de uma mesa, nesses tempos em que vivemos a sensação de impotência é enorme. Não há Estados em guerra e muito menos fria. Há um grupo que se intitula Califado, gente que acredita estar com a verdade divina e, portanto, pode matar e destruir pelas armas e pelo medo. Pior do que isso: o terrorismo do século XXI usa armas potentes e jovens que preferem a morte acreditando que, pelo martírio, receberão a glória eterna.

Os que tentam nos acalmar dizendo que no Brasil, estamos a salvo, dão a explicação sociológica de primeira hora, ou seja, estamos longe dos centros de formação desses jovens radicais.

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