25 de julho de 2016
Falta penicilina no Brasil para tratar crianças que nascem com sífilis
Bebês estão usando outro antibiótico, mas a eficácia não está comprovada. Este medicamento utilizado é destinado ao tratamento de sífilis em adultos.
É uma emergência. O medicamento que os bebês estão recebendo é usado no tratamento de sífilis em adultos e isso vai continuar até que chegue a penicilina, que tem um efeito comprovado nas crianças.
O remédio mostrado na reportagem é o plano "C" para tratar a sífilis, uma doença transmitida em relações sexuais e que pode ser prevenida usando preservativo. Mas a mulher grávida infectada pode transmitir para o bebê. Os riscos para criança que nasce com sífilis são deformações graves, cegueira, surdez, problemas neurológicos e até a morte. O tratamento para essa doença tão perigosa é o antibiótico mais antigo que existe: a penicilina, mas ela está em falta no mundo.
Em São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a Sociedade de Pediatria do Estado e com a Sociedade Brasileira de Infectologia, divulgou uma nota técnica em que propõe, enquanto durar o desabastecimento da penicilina do tipo cristalina, que seja usada a penicilina procaína. E se faltar essa também, outro medicamento seja usado. Mas a nota ressalta que não há evidências da eficácia do uso dessa terceira medicação no tratamento da sífilis congênita.
“Uma dúvida e uma preocupação crescente entre os colegas pediatras. Porque nós sabemos que o tratamento de escolha é a penicilina cristalina. E que, se eu tiver disponível, eu trato essa criança com sífilis congênita”, disse a vice-presidente da Sociedade de Pediatria (SP), Lilian Rodrigues Sadek.
http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2016/07/falta-penicilina-no-brasil-para-tratar-criancas-que-nascem-com-sifilis.html