Governo do Rio de Janeiro Rio Poupa Tempo na Web Governo Aberto RJ
Acessibilidade na Web  Aumentar letra    Diminuir letra    Letra normal
Home Fique por dentro Clipping CIEVS Clipping CIEVS
27 de julho de 2016
Estudo aponta que 1,65 milhão de mulheres correm risco de contrair zika

Uma equipe de cientistas britânicos e americanos concluiu que 1,65 milhão de mulheres em idade fértil na América Central e na América do Sul correm o risco de contrair o vírus da zika no final da primeira onda desta epidemia, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo portal "Nature Microbiology".

A pesquisa, feita por especialistas das Universidades de Southampton (Inglaterra), Oxford (Inglaterra) e Notre Dame (Estados Unidos), revelou que esse número pode aumentar para 90 milhões de infecções na mesma região durante os períodos de propagação da zika.

O vírus da zika existe há décadas, mas recentemente se tornou uma emergência de saúde internacional por causa de sua associação com graves má-formações em recém-nascidos e sua rápida difusão nestas duas áreas do planeta.

O relatório mostra a propagação que a zika teria em escala local, após a análise de padrões como clima, período de incubação e forma de transmissão.

"Esta projeção é importante para entender a extensão desta epidemia e ajudar a planejar medidas de supervisão e resposta aos surtos", declarou Andrew Tatem, geógrafo na Universidade de Southampton.

"É difícil prever com precisão quantas mulheres em idade de procriar estão em risco de contrair o vírus, já que muitas afetadas não apresentam nenhum sintoma, o que invalida os métodos baseados apenas em dados procedentes de estudos de casos", explicou.

Outro estudo divulgado nesta segunda-feira pela revista "Nature Structural & Molecular Biology" resolveu a estrutura molecular chave da proteína NS1, produzida pela doença e que talvez participe da reprodução do vírus e de sua interação com o sistema imune.

A Universidade de Michigan e a de Purdue, nos EUA, revelaram que, apesar da similaridade com outros vírus, a estrutura da NS1 no vírus da zika "tem divergências importantes", dado que "permitirá guiar o desenvolvimento de uma potencial vacina ou remédios antivirais".

O documento informa que a superfície exterior da biomolécula em questão tem propriedades elétricas de carga substancialmente distintas às de outros flavivirus, o que faz com que impacte de outra forma os componentes do sistema imunológico infectado.

"A compreensão de sua estrutura e funções nos ajudam a identificar objetivos para que os inibidores bloqueiem processos virais importantes e tratem a infecção", ressaltou o coautor do relatório Richard Khun, professor de ciências biológicas na Universidade de Purdue.

David L. Akey, cientista da Universidade de Michigan, destacou que a sequência genética da proteína NS1 muda com o tempo, razão "pela qual tem um aspecto diferente no sistema imunológico dos infectados no Brasil em relação ao dos africanos".

Agencia EFE

Secretaria de saúde
Links interessantes:
PET Rio sem fumo Rio imagem 10 minutos salvam vidas Xô, Zika !!