02 de agosto de 2016
Colapsa rampa principal das provas de vela dos Jogos Olímpicos
Continuam os problemas no Rio de Janeiro. Organização desvaloriza: “Seria errado transformar este incidente numa grande coisa”. E problemas com a qualidade da água mantêm-se: alguns velejadores apresentaram sintomas como febre e vômitos. A poucos dias do arranque dos Jogos Olímpicos, os incidentes sucedem-se no Rio de Janeiro. Depois dos receios e das dúvidas levantadas por várias comitivas, a rampa principal da marina da Glória, onde se realizarão as provas de vela, colapsou este domingo devido à maré e aos ventos fortes.
O Comité Olímpico Internacional (COI) já desvalorizou a polémica, garantindo que não houve feridos e que a estrutura será reconstruída a tempo do arranque das provas da modalidade, a 8 de agosto. “Seria errado transformar este incidente numa grande coisa. Na corrida para os Jogos Olímpicos são coisas que acontecem”, reagiu o porta-voz do COI Mark Adams, citado pelo “Independent”.
Também o presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, defendeu que o incidente se tratou de um “imprevisto normal.” “Não podemos fazer nada contra as obras da natureza. São imprevistos. Na vela, por exemplo, se não há vento a prova não se realiza”, disse o responsável em declarações à “Folha de São Paulo”. A organização assegura que os velejadores não serão prejudicados, podendo utilizar outra rampa durante os treinos.
Este incidente volta a aumentar as dúvidas sobre a segurança da competição, a que se junta outro relatório – divulgado esta segunda-feira pela agência noticiosa Associated Press (AP) – que confirma que as águas da baía de Guanabara e das praias de Ipanema e Copacabana estão altamente contaminadas. No total, 1400 atletas vão competir nas águas do Rio. Alguns dos velejadores que já realizaram treinos nessas águas apresentaram sintomas como febre e vómitos. Além da vela, a prova de triatlo também vai obrigar os participantes a nadarem 1500 metros nas mesmas águas.
A falta de condições de segurança e higiene dos apartamentos da aldeia olímpica constituem outro problema. Várias comitivas internacionais, como a britânica e a neozelandesa denunciaram sujidade, falta de água e roubos nas suas instalações. A comitiva australiana recusou-se mesmo em permanecer nos apartamentos da aldeia olímpica, após um princípio de incêndio que atingiu um prédio onde os seus atletas estavam instalados.
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