05 de setembro de 2016
Milhões de abelhas morrem nos EUA após uso de veneno contra zika
Apiários da Carolina do Sul questionam uso de inseticida. De acordo com canal, 2,5 milhões dos insetos foram atingidos.
Apicultores da Carolina do Sul, no sudeste dos Estados Unidos, removeram esta semana milhões de abelhas mortas depois que as autoridades pulverizaram o polêmico inseticida "naled" para combater os mosquitos vetores do zika. Juanita Stanley, uma apicultora de Summerville, ao noroeste de Charleston, encontrou uma cena apocalíptica após a fumigação de domingo passado: milhões de abelhas estavam caídas em torno das suas colmeias.
"Nosso negócio familiar ficou destruído pela fumigação aérea. Ajudem-nos a compartilhar esta história, não permitam que as abelhas produtoras de mel morram em vão", escreveu Stanley na página do Facebook do apiário de que é coproprietária, Flowertown Bee Farm and Supplies. Este comentário estava acompanhado de mais de vinte fotos que mostravam as abelhas mortas e a equipe do apiário queimando as caixas que armazenavam as colmeias.
Segundo o canal local WCSC, o apiário perdeu 46 colmeias e 2,5 milhões de abelhas. Jason Ward, o administrador do condado de Dorchester - ao que pertence a maior parte de Summerville -, reconheceu a responsabilidade da fumigação aérea neste massacre.
O inseticida utilizado pelas autoridades americanas, chamado "naled", é polêmico devido aos seus efeitos na saúde humana e no meio ambiente. A União Europeia proibiu seu uso em 2012, mas os Estados Unidos o utilizam desde 1959. "O condado de Dorchester está a par de que alguns apicultores da zona que foi fumigada neste domingo perderam suas colmeias", afirmou Ward em um comunicado na terça-feira (30), prometendo que iria contatar os afetados.
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