22 de setembro de 2016
ONU promete combater resistência antimicrobiana
Compromisso entre países das Nações Unidas visa combater proliferação de bactérias, vírus e parasitas resistentes a remédios e defensivos agrícolas. Resistência antimicrobiana mata no mundo 700 mil pessoas por ano.
Os países membros das Nações Unidas se comprometeram pela primeira vez, a tomar medidas globais para enfrentar a ameaça de organismos resistentes a medicamentos.
A proposta para combater a proliferação de bactérias, vírus e parasitas desse tipo abrange uma regulamentação mais rígida para o uso de drogas contra patógenos e estudos na área de medicina antimicrobiana.
O compromisso foi firmado durante a Assembleia Geral da ONU depois de anos de alertas de autoridades de saúde global sobre o aumento de infecções resistentes a medicamentos, que ameaçam acabar com todos os antibióticos e antifúngicos, deixando o mundo mais vulnerável a esses organismos.
– A resistência antimicrobiana representa uma ameaça fundamental à saúde humana, ao desenvolvimento e à segurança – disse a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan.
Estima-se que 700 mil pessoas morram anualmente devido ao fenômeno conhecido como resistência antimicrobiana. Bactérias, vírus, parasitas e fungos podem se tornar resistentes a medicamentos e defensivos agrícolas, devido ao uso excessivo e incorreto das drogas que deveriam combatê-los. Dessa maneira, o combate a infecções comuns, como pneumonia e gonorreia, a infecções pós-operatórias, tuberculose e ao vírus HIV está se tornando cada vez mais difícil.
– Se falharmos na resposta rápida e abrangente a esse problema, a resistência antimicrobiana tornará o fornecimento de uma cobertura de saúde universal de alta qualidade mais difícil e minará a produção sustentável de alimentos – disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Na declaração adotada, governos se comprometem a desenvolver planos nacionais de ação para o combate a esse problema, tendo com base o plano global OMS desenvolvido em 2015. Além disso, os países vão melhorar o monitoramento e regulamentação do uso medicamentos antimicróbicos nos setores de saúde e agricultura.
Fonte: Correio do Brasil; DW Londres