28 de setembro de 2016
Seca no sul de Angola deixa comunidades sem comida e afasta crianças das escolas, África
Algumas comunidades rurais do Cunene e da Huíla, sul de Angola, têm reservas de comida para menos de seis semanas e 400.000 pessoas precisam de alimentos e assistência, segundo um relatório do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD). De acordo com o documento, relativo à seca que afeta o sul do país há vários anos e que analisa o período entre 13 de agosto e 13 de setembro, a falta de água e a necessidade das comunidades de procurarem outros pastos para os animais está a aumentar fortemente as taxas de abandono escolar na região.
A situação de seca prolongada, relacionada com o fenómeno "El Niño", afeta atualmente, segundo o PNUD, cerca de 1,2 milhões de pessoas no sul de Angola, nomeadamente pelo défice de 40 por cento na produção agrícola esperada para este ano, motivando fortes aumentos nas taxas de malnutrição severa, que chegam aos 05% nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe.Só em 2015, a seca e alterações climáticas associadas ao fenómeno "El Niño" afetaram em Angola cerca de 1,5 milhões de pessoas, nas mesmas três províncias, gerando prejuízos de 242,5 milhões de dólares (215 milhões de euros) apenas pela perda da produção agrícola e reservas de alimentos.
Fonte: Lusa / Fim