22 de fevereiro de 2017
Macacos são alvo de agressão e ficam sem visitas em zoológico de Uberaba, MG
Macacos e micos têm sido vítimas de pessoas desinformadas devido ao avanço do número de casos de febre amarela em Minas Gerais. Até o momento foram confirmados 220 casos da doença no estado. Em Uberaba, na última semana dois animais chegaram feridos ao Hospital Veterinário do município. Um macaco bugio, que apresentava cortes profundos pelo corpo, não resistiu aos ferimentos e morreu. Além disso, a visitação ao recinto dos macacos-prego no zoológico da cidade diminuiu desde que as notícias de contaminação da doença pelo estado se espalharam.
O médico veterinário Cláudio Yudi Kanayama ressaltou que a matança dos macacos não resolve o problema do surto de febre amarela. “Ao contrário do que muita gente pensa, o macaco não transmite a febre amarela diretamente para o homem. É necessário um vetor, um transmissor, que neste caso é o mosquito Aedes aegypti”, frisou. Ainda segundo Kanayama, matar macacos aumenta o desequilíbrio do ecossistema e pode fazer com que um número maior da população humana seja contaminada.
O biólogo Paulo César Franco também fez um alerta quanto à matança de macacos. “Bater, maltratar ou matar animais silvestres é crime. As pessoas que estão cometendo estes atos estão sujeitas a penalidades", destacou.
Franco também orienta as pessoas que moram próximo a matas a adotarem algumas medidas preventivas contra a febre amarela. "É preciso usar repelentes, colocar telas ou cortinados nas janelas e evitar alguns horários para entrar na mata. Quem for viajar para lugares de risco da doença, deve tomar a vacina com antecedência. Caso não tenha tomado, talvez seja melhor repensar a viagem”, declarou.
http://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2017/02/macacos-sao-alvo-de-agressao-e-ficam-sem-visitas-em-zoologico-de-uberaba.html