Nesta terça-feira (10/11) o Brasil deu um grande passo na busca pelo combate e extinção da malária no país: o Ministério da Saúde lançou o Plano de Eliminação da Malária, medida que busca a redução de pelo menos 90% dos casos até 2030 e da eliminação de malária em pelo menos 35 países. Em 2014, o Brasil registrou o menor número de casos de malária nos últimos 35 anos (143.250 casos).

O lançamento do plano ocorre durante encontro técnico, em Brasília, que reúne líderes e especialistas do país. Na ocasião, também foi apresentada a Estratégia Técnica Global da Organização Mundial de Saúde para a Malária 2016-2030 (GTS). Aprovado pela Assembleia Mundial da Saúde em maio de 2015 e resultado da consulta de peritos em todo o mundo, o documento fornece orientação técnica e um quadro de ação e de investimentos para atingir as metas de eliminação da malária.

O plano brasileiro faz parte da estratégia de atingir as metas estabelecidas pelas parcerias internacionais no âmbito dos Objetivos do Milênio. O documento fornece a orientação técnica necessária para os municípios, define estratégias diferenciadas para o diagnóstico, tratamento, controle vetorial, educação em saúde e mobilização social.

A área endêmica da doença no Brasil compreende a Região Amazônica brasileira, incluindo os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Somente esta região reúne 99% dos casos autóctones do país. Fora da Região Amazônica, mais de 80% dos casos registrados são importados dos estados pertencentes à área endêmica brasileira, de outros países amazônicos, do continente africano ou do Paraguai. Desde 2000, tem havido uma redução de mais de 50% no número de casos de malária no Brasil.

Atualmente, o país apresenta um total de 5.113 municípios que se encontram em prevenção de reintrodução de casos de malária, 316 municípios em eliminação e 138 em controle. Para a malária tipo falciparum, 5.251 municípios estão em fase de prevenção de reintrodução de casos, 241 municípios em eliminação e 75 em controle.

Com informações do Ministério da Saúde