23 de novembro de 2015
Novo curso da Universidade Aberta do SUS aborda manejo clínico de Tuberculose e HIV
A Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) lançou, em conjunto com a Secretaria de Vigilância em Saúde, o curso Manejo da Coinfecção Tuberculose-HIV (TB-HIV). O curso tem carga horária de 45 horas e é voltado para profissionais que já lidam com HIV/Aids, especialmente aqueles que prescrevem e manejam antirretrovirais. As inscrições podem ser realizadas pelo aqui.
O curso é composto por três unidades, que tratam de aspectos de apoio psicossocial e manejo clínico de coinfecção, com foco especial no diagnóstico de tuberculose nas pessoas que tem HIV. A última unidade traz casos clínicos interativos que simulam situações reais.
As três unidades iniciais são abertas a todos. Ao final dessa primeira etapa, serão aplicados questionários para selecionar profissionais que trabalham em serviços que já manejam antirretrovirais ou que atuam em serviços especializados de atendimento de pessoas que tem HIV/AIDS. Essas pessoas terão a oferta de uma quarta unidade, que é específica para a organização do Serviços de Atenção Especializada a pessoas vivendo com HIV/Aids (SAE).
Para facilitar o aprendizado e tornar o processo mais dinâmico, a dinâmica do curso inclui recursos visuais multimídia, como animações, vídeos e infográficos. Além disso, todos os recursos educacionais do curso ficarão disponibilizados para download. Dessa forma, o aluno poderá baixar vídeoaulas, tanto no formato de vídeo como em mp3, para ouvir de qualquer lugar. As transcrições das aulas serão também disponibilizadas, garantindo inclusive a acessibilidade de pessoas com deficiência auditiva.
Tuberculose
De acordo com relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em outubro, a tuberculose é a doença infecciosa mais letal do mundo e a que mais mata pessoas com aids, segundo o Ministério da Saúde. Por esse motivo, é muito importante que os profissionais que atendem pessoas com HIV/Aids estejam atentos aos principais sinais e sintomas e investiguem a tuberculose para diagnosticar e tratar o quanto antes essa coinfecção. A tuberculose tem uma peculiaridade: a pessoa pode estar infectada pelo bacilo da doença, mas não estar enferma. A maior parte das pessoas infectadas pelo bacilo não irão adoecer.
A OMS estima que um terço da população mundial está infectada pelo bacilo. Estima-se que, na população em geral, 10% irão adoecer: 5% nos primeiros dois anos de infecção e 5% ao longo da vida. Quem tem HIV, tem risco de 10% de adoecimento por tuberculose ao ano. Ou seja, a cada ano, 10% das pessoas infectadas pelo bacilo irão desenvolver a doença ativa.
O risco de quem tem HIV desenvolver tuberculose é 3 a 21 vezes maior que a população em geral. A infecção por HIV possibilita uma série de outras coinfecções, mas a tuberculose é bastante frequente porque atua no organismo de forma sinérgica, ou seja: a infecção por HIV facilita o desenvolvimento de tuberculose e, quando a pessoa tem tuberculose, automaticamente ela tem uma progressão da aids. “Não necessariamente quem tem tuberculose vai ser considerado um caso de aids, estando infectado pelo HIV, mas o risco de ambas doenças progredirem muito rapidamente é grande, fragiliza o organismo”, explica a enfermeira e roteirista do curso.
Para saber mais sobre o curso e assistir ao vídeo tutorial, acesse: http://unasus.gov.br/coinfeccao_tb-hiv.
(Fonte: SE/UNA-SUS)