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01 de fevereiro de 2016
Área de transmissão da dengue mais que quadruplica em 10 anos no Brasil

Área de transmissão da dengue mais que quadruplica em 10 anos no Brasil

A área de transmissão da dengue no Brasil mais que quadruplicou em uma década. Se antes a doença se espalhava por 1,5 milhão de km², agora é transmitida em 6,9 milhões de km². Ou seja, com mais mosquitos espalhando a doença aumenta, também, o risco de disseminação da zika, já que a doença é transmitida pelo mesmo vetor da dengue, o Aedes aegypti.

Além disso, há o risco de, a partir do país, a doença se espalhar para o mundo. Segundo pesquisa publicada no periódico de saúde The Lancet estimou o potencial de exportação da epidemia a partir do Brasil. Pesquisadores da Universidade de Oxford, mapearam os destinos finais de quase 10 milhões de pessoas que saíram do país para o exterior de aeroportos próximos de locais onde o zika foi transmitido: 65% tinham como destino as Américas, 27%, a Europa, e 5%, a Ásia.

Os pesquisadores avaliaram onde, nesses destinos, há áreas propícias à transmissão do zika, considerando a presença de mosquitos do gênero Aedes. Concluíram que cerca de 60% da população de EUA, Itália e Argentina – alguns dos países com maior fluxo de turistas para o Brasil – vivem em áreas onde pode ocorrer transmissão sazonal da doença.

Parte dessa expansão, ao menos no Brasil, se dá por motivos como aumento da população de mosquitos e avanço da doença por populações que nunca tinham tido contato com a dengue ou que estão se contaminando com sorotipos diferentes. Mas o aquecimento do planeta também pode estar colaborando com isso.

O ano passado foi o mais quente já registrado na história. Em média, para o mundo inteiro, a temperatura foi 0,9°C mais alta que a média registrada no século 20. O clima mais quente segue tendência observada nos últimos anos e causada pelas mudanças climáticas, mas em 2015 foi particularmente intensificado pela presença de forte El Niño. Estudos que relacionem o aquecimento global a uma maior dispersão de doenças transmitidas por vetores ainda são pouco conclusivos, mas a teoria é defendida por vários estudiosos do assunto.

Temperaturas mais altas e chuva são condições apropriadas para o mosquito se estabelecer. Além disso, quando aumenta a temperatura externa, o período de incubação do vírus dentro do mosquito fica bem mais rápido. Em temperaturas ambientes em torno de 25°C, o período que leva entre o mosquito picar uma pessoa com o vírus e poder transmiti-lo para outra é de cerca de 15 dias. Mas quando a temperatura é de 30°C, esse período de incubação vai para 6 dias. Fica muito mais rápida a transmissão da doença.

(Com informações de O Estado de São Paulo)

Secretaria de saúde
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