16 de março de 2016
Cigarro pode provocar danos irreversíveis ao meio ambiente
Tabagismo não combina com a saúde do fumante nem com a do meio ambiente, podendo causar danos irreversíveis para ambos. As ações para a produção do tabaco contribuem, significativamente, com o desmatamento global, atingindo aproximadamente 5% do total desmatado nos países em desenvolvimento. Se for colocado em prática, pode-se afirmar que, para cada 300 cigarros produzidos, uma árvore é queimada.
O número impressiona ainda mais se pensarmos que uma pessoa que consome um maço por dia é responsável, sozinha, por duas árvores a menos na natureza em apenas um mês. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), florestas inteiras são devastadas e utilizadas como combustível para alimentar os fornos a lenha e as estufas que secam as folhas de fumo antes de serem industrializadas.
Nas praias a situação não é diferente. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) as pontas de cigarro lideram a lista de itens mais coletados e correspondem de 25 a 50% de todo o lixo coletado em ruas e rodovias. Os filtros jogados no chão ou em outros locais inadequados, se forem levados pela água da chuva para lagos, rios, oceanos, florestas e jardim, demoram até cinco anos para se decompor e ainda podem matar peixes, animais marinhos e aves, que podem ingeri-los.
Os danos à natureza ainda se estendem aos prejuízos causados ao solo, como a erosão, a contaminação de alimentos, da fauna e dos rios. Além disso, o desmatamento está associado a surtos de doenças infecciosas. Mesmo com o reflorestamento das zonas desmatadas para a produção de cigarros, as condições naturais quanto à flora e a fauna da mata virgem não são refeitas.