27 de abril de 2016
Entre fevereiro e abril foram notificados mais de 91 mil casos de zika no país
O primeiro boletim epidemiológico do com dados registrados do vírus Zika aponta 91.387 casos prováveis da doença em todos os estados brasileiros, de fevereiro até o dia 2 de abril. A taxa de incidência, que considera a proporção de casos, é de 44,7 casos para cada 100 mil habitantes. A transmissão autóctone do vírus no país foi confirmada a partir de abril de 2015 e Ministério da Saúde tornou compulsória a notificação dos casos em fevereiro deste ano.
A região Sudeste teve 35.505 casos prováveis da doença, seguida das regiões Nordeste (30.286); Centro-Oeste (17.504); Norte (6.295) e Sul (1.797). Considerando a proporção de casos por habitantes, a região Centro-Oeste fica à frente, com incidência de 113,4 casos/100 mil habitantes, seguida do Nordeste (53,5); Sudeste (41,4); Norte (36,0); Sul (6,1).
Gestantes
Até o dia 2 de abril, foram registrados 7.584 gestantes com casos suspeitos da doença, sendo que 2.844 casos foram confirmados. Cabe esclarecer que, apesar de estar confirmada a relação do vírus Zika com os casos de microcefalia, não significa que toda mulher infectada pelo vírus durante a gravidez dará à luz um bebê com microcefalia. Ainda não é possível se ter ideia da proporção de gestantes, infectadas pelo vírus Zika, que terão bebês com microcefalia.
Dengue
Em 2016, até 2 de abril, foram registrados 802.429 casos prováveis de dengue em todo o país. No mesmo período do ano passado, foram 705.231 casos. O boletim aponta 140 óbitos pela doença neste período, contra 427 em 2015. Também houve redução nos casos de dengue grave (66%), que passou de 731 no ano passado para 244 este ano, e nos casos com sinais de alarme (75%), que reduziu de 11.124 para 2.724.
Chikungunya
Até 2 de abril, foram notificados 39.017 casos prováveis de Chikugnunya. Todos os estados do país registraram casos suspeitos da doença. No mesmo período de 2015, foram 7.412 casos. Neste ano, foram registrados 15 óbitos pela doença, que ainda precisam ser investigados com mais detalhadamente, para que seja possível determinar se há outros fatores associados, como doenças prévias, comorbidades e uso de medicamentos, entre outros. A transmissão da Febre Chikungunya foi identificada pela primeira vez no Brasil no ano de 2014.
Confira aqui o boletim do Ministério da Saúde.