18 de maio de 2016
SES realiza Simpósio Estadual de Vigilância e Assistência às Arboviroses
Número de casos, notificações, exames laboratoriais e manejo clínico de dengue, chikungunya e zika, além de informações sobre microcefalia e síndromes neurológicas como a síndrome de Guillain-Barré. Estes assuntos foram discutidos no Simpósio Estadual de Vigilância e Assistência às Arboviroses, realizado ontem (17/5), no Complexo de Ensino Coronel Sarmento, em Guadalupe, Rio de Janeiro. O seminário promovido pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), contou com a participação de representantes de Secretaria Municipais de Saúde de todo o estado.
“O Simpósio tem o propósito de criar uma agenda com as áreas técnicas para debater e tirar dúvidas”, disse, Mário Sérgio Ribeiro, superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES, na abertura do evento. Segundo ele, diante do aumento de casos de chikungunya no estado, este se tornou o foco principal do encontro. “Ainda é uma experiência nova para os municípios. A dengue já se tem uma vivência de anos, mas a chikungunya não e, por isso, é importante discutirmos as questões de vigilância e assistência", comentou.
O simpósio foi dividido em duas partes e a primeira delas, pela manhã, foi dedicada aos temas relacionados à vigilância, como a necessidade da criação de Salas Municipais de Coordenação e Controle que funcionem periodicamente e promovam uma discussão Inter setorial. O cenário epidemiológico das três arboviroses – dengue, chikungunya e zika – também foi apresentado. Cristina Giordano, gerente da Assessoria de Doenças Trnasmitidas por Vetores e Zoonoses, da Secretaria de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (SVEA) da SES, destacou que, neste momento, se observa uma tendência de crescimento no número de casos de chikungunya. Já os de dengue e zika parecem estar parando de crescer.
Carlos Augusto da Silva Fernandes, gerente de Controle Epidemiológico do LACEN/RJ, falou sobre o fluxo laboratorial. João Figueiredo, estatístico da equipe de apoio do CIEVS apresentou dados sobre síndrome exantemática em gestantes e microcefalia. Rosângela de Farias, também do CIEVS, falou sobre a síndrome de Guillain-Barré, destacando os principais aspectos clínicos.
A tarde foi dedicada à questões relacionadas à assistência, entre elas o atendimento de crianças com microcefalia que tem sido feito no Instituto Estadual do Cérebro (IEC). “O primeiro objetivo deste atendimento é avaliar as crianças e amarrar para as famílias um entendimento do que está acontecendo, além de fazer exames complementares e também dar conta de oferecer algum apoio psicológico a estas famílias e dividir a nossa experiência com os municípios”, explicou Fernanda Daniel Fialho, chefe da Pediatria do IEC.
Já o médico Pedro Coscarelli, da Divisão de Saúde do Trabalhador (DSTRAB), da SES, fez uma apresentação sobre manejo clínico da chikungunya. As informações passadas por ele foram baseadas na sua experiência, não só no atendimento desta doença, mas também na assistência a pacientes com dengue e zika. Afinal, conforme ele destacou, com as três doenças circulando simultaneamente, “trabalha-se em um cenário em que o diagnóstico diferencial está próximo do impossível”.
Confira aqui as apresentações feitas no simpósio.