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23 de junho de 2016
Leishmaniose cutânea pode ser combatida com substância extraída do aipo


Uma substância retirada do aipo pode ser a base para a criação de medicamentos para o tratamento da leishmaniose cutânea. A molécula apigenina, encontrada na planta, mostrou ação contra o parasito Leishmania amazonensis, um dos causadores da doença, conseguindo reduzir as lesões e a carga parasitária durante o estudo em animais.

Além disso, a substância não apresentou efeitos tóxicos e pode ser administrada por via oral, o que facilitaria o uso em pacientes humanos. Ainda serão necessários muitos testes para que seja feito, de fato, um novo medicamento, porém, os experimentos realizados indicam que a apigenina é uma substância promissora para o tratamento da doença.

“Os resultados no modelo animal foram superiores aos do antimonial pentavalente, que é o medicamento de primeira escolha para o tratamento da infecção atualmente. A apigenina foi mais eficaz tanto na redução da lesão quanto na diminuição da carga parasitária”, afirma Elmo Almeida-Amaral, coordenador do estudo e pesquisador do Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos do Instituto Oswaldo Crus (IOC/Fiocruz).

A leishmaniose é classificada como doença negligenciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), apesar de ser endêmica em 98 países. De acordo com a OMS, cerca de 1,2 milhão de novos casos da forma cutânea da doença ocorrem anualmente. No Brasil, uma das dez nações com mais registros da doença no mundo, o Ministério da Saúde contabilizou cerca de 21 mil novos casos por ano, nos últimos cinco anos.

“Os pacientes precisam ficar internados por até um mês para receber a medicação por via venosa ou intramuscular e podem sofrer efeitos colaterais consideráveis, incluindo danos ao coração e aos rins. Desenvolver remédios orais, com menos efeitos adversos, traria um grande benefício para essas pessoas e também reduziria custos para o sistema de saúde”, complementa Elmo, ressaltando a importância do estudo.

Secretaria de saúde
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