07 de julho de 2016
Bebês afetados pelo Zika podem ter cabeça de tamanho normal, diz estudo
Uma pesquisa mostrou que os bebês que nasceram com danos cerebrais causados pela Síndrome Congênita do Zika podem ter o tamanho da cabeça normal. O estudo, realizado pela Universidade Federal de Pelotas (RS), foi divulgado na publicação científica Lancet.
A pesquisa analisou 1.501 casos suspeitos de microcefalia no Brasil até o mês de fevereiro e concluiu que o risco pode ser maior do que se imaginava. Ela mostrou que um quinto dos bebês que seriam classificados como normais na verdade tinham algum tipo de anomalia cerebral.
Segundo os pesquisadores, isso acontece porque, na 30ª semana da gestação, a cabeça do bebê já chegou na maior parte do crescimento previsto. Dessa forma, caso a infecção por Zika aconteça depois da 30ª semana, ela pode afetar o cérebro do bebê, ainda que não na forma de microcefalia e sem efeitos no tamanho da cabeça da criança.
Os resultados do estudo sugerem que uma parte dos fetos afetados pela infecção terão alterações cerebrais e microcefalia, alguns terão alterações cerebrais sem apresentarem microcefalia e outros não serão afetados de forma nenhuma.