É o nome dado a uma campanha internacional quenasceu nos Estados Unidos, em 1990, criada com o objetivo de conscientizar a população sobre o Câncer de Mama. É realizada anualmente no mês de outubro quando são organizadas várias ações para fortalecer a importância da prevenção e diagnóstico da doença e ainda angariar fundos para pesquisas estudos para cura do câncer. O público desta campanha é toda sociedade, especialmente as mulheres. Tem como símbolo um laço ou fita rosa e a iluminação de monumentos com a cor rosa representado uma forma de apoio a causa.

Por que o diagnóstico precoce é importante?

Apesar de acometer mais de 2 milhões de pessoas, o câncer de mama quando diagnosticado precocemente aumenta as chances de sucesso do tratamento. Os melhores resultados de sobrevida estão relacionados principalmente ao diagnóstico precoce por mamografia, sendo este método comprovadamente eficaz de rastreamento populacional e para a evolução de tratamentos coadjuvantes. A conduta quanto aos riscos das mulheres desenvolverem câncer de mama está contemplada nas “Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil”, do Ministério da Saúde (Portaria Conjunta n° 19 de 3/07/18).

A identificação de fatores de risco, da doença em seu estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento especializado confere à Atenção Básica um caráter essencial para um melhor resultado terapêutico. A detecção precoce do câncer de mama expande para além do rastreamento e inclui também estratégias para o diagnóstico precoce de casos com sinais e sintomas suspeitos. As recomendações são exame clínico anual a e mamografia bilateral a cada dois (2) anos para mulheres de 50 a 69 anos.

A neoplasia maligna de mama é mais frequente e comum além de mais prevalente, se constitui a primeira causa de mortalidade entre as mulheres e sua taxa de letalidade é relativamente baixa. Salienta-se que múltiplos fatores estão envolvidos na etiologia do câncer de mama: idade da primeira menstruação inferior a 12 anos; menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou tiveram filhos; primeira gravidez após 30 anos; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal na menopausa, especialmente se for por tempo prolongado; exposição à radiação ionizante; consumo de bebidas alcoólicas; dietas hipercalóricas; sedentarismo e predisposição genética.

O prognóstico e tratamento são definidos pela localização do tumor, seu estadiamento e idade da paciente. Contudo, também é importante conhecer o tipo de exposição aos fatores de risco, os critérios histopatológicos, biológicos, moleculares e genéticos.

No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. No Estado do Rio de Janeiro, a partir da figura a seguir pode-se observar, que entre os cânceres exclusivos ao sexo feminino, as taxas de morbidade pelo câncer de mama são superiores.

Taxa de morbidade por 100.000 habitantes segundo cânceres exclusivos ao sexo feminino no estado do Rio de Janeiro e Regiões de Saúde, 2016