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01 de novembro de 2013
Vírus da dengue: descoberta de novo sorotipo reforça necessidade da prevenção

Vírus da dengue: descoberta de novo sorotipo reforça necessidade da prevenção

Pela primeira vez em mais de 50 anos cientistas descobriram um novo tipo do vírus da dengue. O quinto sorotipo foi descoberto por pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, a partir de amostras coletadas durante um surto de dengue no estado de Sarawak, na Malásia, em 2007. Após suspeitarem que o vírus causador do surto fosse diferente, os cientistas sequenciaram e descobriram que é filogeneticamente distinto dos outros quatro tipos.

Experiências com macacos mostraram que os anticorpos produzidos pelos animais infectados com este novo tipo de vírus eram significativamente diferentes dos produzidos em infecções causadas pelos outros quatro já conhecidos. O que isso pode significar para o controle da dengue ainda não está claro. Até agora o novo sorotipo está associado a apenas um surto da doença em humanos, mas pesquisadores que participaram do estudo suspeitam que ele já esteja circulando, possivelmente em macacos, nas florestas de Sarawak.

Caso ele se espalhe entre humanos, pode tornar ainda mais desafiador o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra a dengue. Afinal, agora, além dos quatro subtipos já conhecidos, uma vacina eficaz deverá gerar proteção também contra o quinto tipo recém-descoberto. No entanto, de acordo com cientistas, a identificação de um novo tipo de vírus pode mudar a maneira de estudar a evolução do vírus da dengue que poderá, inclusive, avaliar a possibilidade de ele se transformar em uma ameaça ainda maior.

O resultado da pesquisa foi apresentado na Terceira Conferência Internacional sobre Dengue e febre hemorrágica da dengue. Durante o evento, realizado na Malásia, pesquisadores ressaltaram que, apesar de programas de controle lançados na década de 2000, os casos de dengue estão aumentando e se espalhando pelo mundo, inclusive em regiões em que não havia registros da doença. Esta percepção foi confirmada por uma pesquisa publicada em abril na revista Nature, que indicou que a incidência anual global, cerca de 390 milhões de casos, é três vezes maior que o estimado anteriormente.

A importância da prevenção

Os desafios, tanto no desenvolvimento de uma vacina quanto no combate à expansão da doença, reforçam a importância da prevenção. Segundo os cientistas, a doença continuará sendo uma ameaça por muitos anos. Isso porque, mesmo com o desenvolvimento futuro de uma vacina, ela poderá complementar, mas não substituir os esforços para conter a dengue por meio do controle do mosquito e da conscientização pública. Por isso, as ações para eliminar focos e, consequentemente, prevenir surtos da doença, dependem do empenho de toda a população e devem fazer parte da rotina.

O Aedes aegypti é um mosquito urbano, que tem hábitos domésticos. Ele vive dentro ou ao redor de domicílios e em locais frequentados por pessoas e está presente, principalmente, em áreas urbanas. Não por acaso, a maior parte dos seus focos estão dentro das residências. Então, não tem jeito, para se proteger é preciso se prevenir. Na prática, isso significa dedicar 10 minutos da sua semana para procurar e eliminar possíveis focos de mosquito – caixas d’água, galões, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado, entre outros.

Secretaria de saúde
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