13 de dezembro de 2018
SES e Fiocruz promovem evento sobre enfrentamento da Febre Amarela e Chikungunya
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro e a Fiocruz – em parceria com o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) e a Associação dos Prefeitos e Municípios do Rio de Janeiro (APREMERJ) – realizaram, nesta quarta-feira (12), um evento para discutir os desafios e perspectivas sobre a chikungunya e febre amarela no verão de 2018 e 2019. De janeiro a novembro, foram notificados 37.889 casos de chikungunya no estado, enquanto no mesmo período de 2017, foram registradas 4.228 ocorrências. Quanto à febre amarela, este ano, foram 262 casos da doença e no ano passado 27 casos.
O encontro teve como objetivo fortalecer a capacidade de resposta da área de saúde diante do cenário epidemiológico de chikungunya e febre amarela no Rio de Janeiro. O mesmo modelo será replicado em Salvador (BH), Fortaleza (CE), Mato Grosso do Sul (MS), Belo Horizonte (MG), Manaus (AL), Porto Velho (RO) e Teresina (PI).
- Estamos em alerta permanente contra o Aedes aegypti e em novembro reforçamos este apelo à população com a campanha do Dezinho, um personagem mirim que tem grande alcance entre as crianças. O objetivo é evitar focos do mosquito, que transmite a chikungunya. Para a febre amarela, temos a vacina disponível nos postos de saúde dos municípios e temos realizado constantes ações para incentivar a vacinação. Tanto para conter a febre amarela quanto para eliminar a chikungunya precisamos contar com o apoio irrestrito da população – disse o secretário de Estado de Saúde, Sérgio Gama.
Os especialistas debateram as estratégias para o enfrentamento da epidemia. No caso da chikungunya, por exemplo, serão criados centros de hidratação com analgesia, baseado nos dados de notificação, além da implantação de rotinas e protocolos de atendimento nas unidade de urgência e emergência.
Para o superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Mario Sérgio Ribeiro, eliminar o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya e a vacinação contra a febre amarela, doença transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes é um dever de toda a sociedade.
- A prevenção das arboviroses requer ações proativas, voltadas para o controle do mosquito transmissor, tanto do poder público quanto da população. Isto porque o mosquito vive, ou é encontrado, nas residências, onde cerca de 70% dos seus criadouros são encontrados. Bastam 10 minutos por semana para cada um fazer sua parte. Sobre a febre a amarela a imunização é essencial– disse Mario.
Dengue, Zika e Chikungunya
Em 18 de novembro, a SES lançou nova campanha e reconvocou o herói Dezinho, que tem a missão de combater o mosquito Aedes junto com a população do estado. A campanha publicitária foi lançada em rádios, TVs e veículos online e teve o objetivo de mobilizar toda a sociedade, mas principalmente o público infantil. O verão, estação mais quente do ano, começa em 21 de dezembro e a campanha se antecipou à data com a finalidade de alertar a população em relação às medidas de prevenção e controle.
Parece pouco, mas dez minutos por semana é tempo suficiente para que uma pessoa olhe todos os possíveis focos do mosquito nas residências. A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas, lixo e bandejas de ar-condicionado. Com essas medidas de prevenção, é possível evitar a proliferação do Aedes aegypti.
Febre amarela
No início de novembro, a SES lançou nova campanha de vacinação contra a febre amarela. A ação visa imunizar cerca de 4 milhões de pessoas e tem como objetivo alcançar a cobertura vacinal de 95% do público-alvo antes da chegada do verão, período em que pode ocorrer uma maior incidência da doença. Até o momento já foram imunizadas cerca de 11 milhões de pessoas, o que corresponde a 73% da meta.
Durante o ano de 2018, a vacina esteve disponível de segunda a sexta-feira em todos os postos de saúde e durante três finais de semana de novembro a SES montou uma tenda para vacinação a Quinta da Boa Vista, a ação imunizou cerca de mil pessoas durante os seis dias . É importante ressaltar que a vacina padrão continua disponível nos postos de saúde.
A SES alerta que todos os que não tomaram a vacina devem procurar os postos. Aqueles que já foram imunizados com a dose fracionada, não precisam se vacinar nesta etapa porque já estão protegidos.
A vacina não é indicada a bebês menores de 9 meses, pessoas com contraindicações especiais (pacientes imunodeprimidos, com doenças hematológicas graves, entre outras) e grávidas.