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15 de março de 2019
Febre amarela: estudo identifica mosquitos causadores de surtos

Febre amarela: estudo identifica mosquitos causadores de surtos

Os mosquitos silvestres Haemagogus janthinomys e Haemagogus leucocelaenus foram os principais responsáveis pela transmissão de febre amarela nos recentes surtos da doença no Brasil. A conclusão é de uma pesquisa que analisou quase 18 mil insetos entre 2015 e 2018. Liderado pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o trabalho foi publicado na revista científica Emerging Microbes and Infections.

O amplo levantamento encontrou mosquitos das duas espécies em grande quantidade e infectados em cidades do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais que apresentavam casos em humanos e em primatas. Análises do genoma dos vírus detectados nesses mosquitos confirmaram a presença da mesma linhagem viral identificada em macacos e pacientes.

Segundo os autores, os mosquitos do gênero Haemagogus já eram apontados pela literatura científica como os principais transmissores da febre amarela silvestre no Brasil. No entanto, os surtos que ocorreram entre 2016 e 2018 – com mais de dois mil casos e cerca de 700 mortes – atingiram principalmente a região da mata atlântica, que não tinha registros da doença desde a década de 40. As evidências científicas da pesquisa aumentam a compreensão sobre a atual dinâmica de disseminação do agravo através dos mosquitos e podem contribuir para estratégias de vigilância e controle.

Ao todo, os pesquisadores identificaram 89 espécies de insetos. Além dos H. janthinomys e H. leucocelaenus, apenas três outros mosquitos silvestres foram achados com o vírus da febre amarela, mas em baixa quantidade e em locais específicos. Nenhum Aedes aegypti ou Aedes albopictus – insetos com potencial para transmissão da doença em área urbana – foi encontrado infectado.

Considerando os achados, os especialistas reforçam que os surtos foram causados pela transmissão silvestre do agravo, mas alertam que esse tipo de contágio não ocorre apenas no interior de grandes florestas. Segundo eles, existe a visão de que apenas quem penetra na mata tem risco de pegar febre amarela silvestre, mas não é bem assim. Pessoas que estão fora da floresta, porém em áreas próximas também podem ser picadas pelos mosquitos silvestres. A prevenção da doença, principalmente a vacinação, precisa considerar isso.

Saiba mais sobre a pesquisa

Secretaria de saúde
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