21 de junho de 2019
É possível salvar quatro vidas com apenas uma doação de sangue
Se salvar uma vida já é um grande ato, imagina salvar quatro de uma só vez? Sabia que com uma atitude simples é possível fazer isso? Estamos falando da doação de sangue. Cada doação de sangue pode ajudar até quatro vidas. Fazendo as contas, é possível salvar ainda mais vidas. Se você for um doador habitual, doando sangue a cada três meses, pode ajudar a manter vivas até doze pessoas por ano.
O sangue é insubstituível e sem ele é impossível viver. O sangue doado é utilizado em diversas situações: para pessoas com doenças hematológicas variadas, câncer, pessoas que se submetem a cirurgias eletivas de grande porte e para emergências. Insubstituível também é a informação e a conscientização. Por isso, reunimos aqui algumas questões sobre doação de sangue levantadas pelo Blog da Saúde, do Ministério da Saúde. Confira!
Porque é tão importante doar sangue regularmente?
Não há um substituto para o sangue, a doação é a responsável por garantir a reserva de sangue que será utilizada para fins diversos. Pessoas com doenças crônicas, tais como a talassemia e a doença falciforme, pessoas com vários tipos de câncer, assim como aquelas que se submetem a transplantes e cirurgias de grande porte ou se acidentam necessitam de transfusão de sangue. O sangue doado pode ir para pessoas em qualquer uma destas situações.
Qual a maior motivação para doação de sangue?
O brasileiro sempre se mobiliza para a doação de sangue quando é necessário. Entretanto, em geral, a mobilização acontece quando ele conhece uma pessoa que precisa de sangue. O Ministério da Saúde vem investindo para que essas doações aconteçam de forma espontânea, habitual e regular, independente das características individuais e de o doador conhecer ou não a pessoa que precisa de sangue, só desta forma os bancos de sangue conseguirão manter os estoques adequados de todos os componentes todos os dias.
Quais são os critérios para doação?
- Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos (menores de 18 anos devem possuir consentimento formal do responsável legal);
- Pesar no mínimo 50 kg;
- Estar alimentado. Evite alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação. Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas;
- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
- Apresentar documento de identificação com fotografia, emitido por órgão oficial. (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista e Carteira Profissional emitida por classe).
Depois da doação, o que é preciso fazer?
É importante, depois da doação, continuar se hidratando, tomando água ou suco. É necessário também evitar atividade física no dia da doação.
Qual o intervalo entre doações?
A frequência máxima de doações de sangue total é de 4 doações para o homem e de 3 doações para a mulher em 12 meses. O intervalo mínimo entre doações deve ser de 2 meses para os homens e de 3 meses para as mulheres.
Quanto tempo dura o processo de doação de sangue?
Em média são 40 minutos entre o candidato se cadastrar até a efetiva doação.
Quanto tempo leva para o organismo repor o sangue doado?
A reposição do volume de plasma ocorre em 24 horas e a dos glóbulos vermelhos em até 4 semanas. Entretanto, para o organismo atingir o mesmo nível de estoque de ferro que apresentava antes da doação, são necessárias 8 semanas para os homens e 12 semanas para as mulheres. Esses são os intervalos mínimos entre as duas doações de sangue. Se mantidos estes intervalos a doação de sangue não prejudicará o doador.
É necessário estar em jejum para doar sangue?
Não, pelo contrário, o candidato a doação deve estar alimentado - evitar alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação. Caso seja após o almoço, aguardar 2 horas.
O que é feito com o sangue doado?
O sangue total coletado é centrifugado e pode produzir até 4 componentes diferentes: Concentrado de Hemácias (CH), Concentrado de Plaquetas (CP), Plasma Fresco Congelado (PFC) e Crioprecipitado (CRIO). Cada um desses componentes pode ser utilizado como produto terapêutico em pacientes diferentes.
O que é o sangue raro?
O sangue raro é um sangue com característica específica pouco frequente na população e algumas vezes, pode ser uma característica familiar. A frequência de doadores com sangue raro é menor que 1 para cada 1.000 pessoas.
Se houver alteração no resultado dos exames com o sangue que doei?
O doador será comunicado em caso de alteração nos resultados dos exames realizados para orientação e/ou coleta de nova amostra e esclarecimento dos resultados.
O uso de medicamento pode impedir alguém de doar sangue?
Dependendo do medicamento pode, por isso é importante buscar o hemocentro mais próximo, conhecer as condições básicas para a doação e ser sincero na entrevista que antecede a doação. É por meio desta entrevista realizada pelo profissional treinado que o candidato saberá se pode ou não realizar a doação sem nenhum prejuízo para ele ou risco para os pacientes que receberão os componentes produzidos com a doação.
Existem doenças que impedem a doação e sangue?
Sim, por exemplo: HIV, Hepatite (após 11anos de idade), Malária, Doença de Chagas, Câncer e outras. É importante ir ao hemocentro mais próximo para tirar todas as dúvidas.
Fonte: Ministério da Saúde