Como uma das prioridades da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), profissionais de saúde estão sendo capacitados para a prevenção e para o tratamento do Tabagismo. No segundo treinamento deste ano, realizado no Hospital Federal dos Servidores do Estado (HSE), nos dias 25 e 26 de setembro, mais de 120 participantes de 38 municípios estiveram presentes. Em junho passado, 146 profissionais de saúde de 41 municípios receberam a mesma capacitação.

Segundo a diretora da Divisão de Agravos não Transmissíveis da SES-RJ, Marcia Regina Teixeira, 445 unidades de saúde de todo o estado já trabalham com o Programa de Controle do Tabagismo. “A proposta é intensificar as abordagens para a prevenção do tabagismo, com ações que explicitam os seus malefícios, como também proporcionar o tratamento para aqueles que necessitam de ajuda”, esclarece.

Responsável pela equipe técnica do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, Samir Feruti Sleiman ressalta que é fundamental a troca de experiências e práticas para que o profissional recém-capacitado se sinta seguro para iniciar a condução dos grupos. "Por isso, estimulamos visitas técnicas em unidades de saúde que já estejam com o tratamento em andamento, a fim de que os profissionais vejam como funciona o programa de tabagismo na prática."

Só em 2017, as doenças crônicas não transmissíveis causaram (DCNT) a morte de mais e 32 mil pessoas no estado em uma faixa etária prematura (30 a 69 anos). Considerado como o principal fator de risco para os quatro principais grupos de DCNT (aparelho circulatório, câncer, diabetes e doenças respiratórias), “o tabagismo é tido como uma doença epidêmica e pediátrica, que causa dependência física, psicológica e comportamental, equivalente ao que ocorre com outras drogas como álcool. A dependência, no caso, se dá pela presença da nicotina nos produtos à base de tabaco”, afirma Márcia Teixeira.