01 de junho de 2020
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) durante a pandemia causada pelo COVID-19
Muito se fala das vulnerabilidades sociais e a relação com as altas prevalências das DCNTs, que só no estado do Rio de Janeiro em 2019 causou a morte prematura (30 a 69 anos) de 32.860 pessoas representando uma média de 90 mortes por dia.
Atualmente vive-se um período de vulnerabilidade social, econômica e biológica que alcança a todos e que eleva o número de mortes por essas doenças.
O cenário que está se desenhando é de pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis com a maior vulnerabilidade para o agravamento dos casos do novo coronavírus.
É uma doença muito recente e que precisa ser estudada para melhor ser compreendida. Algumas análises realizadas permitem identificar fatores que contribuem na evolução da COVID-19. Entre eles estão fatores de risco em comum com os das DCNTs, como o tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada e alguns fatores intermediários como a obesidade e a hipertensão.
E da mesma forma chama atenção para fatores que fortalecem a imunidade e
que também são importantes na prevenção das DCNTs. Um estilo de vida saudável com uma alimentação adequada, sem o consumo abusivo de álcool, bons hábitos de sono e com a prática de atividade física regular colaboram para o aumento da imunidade. Deve-se estar atento aos modos de vida principalmente nesse período em que estamos conhecendo uma nova doença.
Doenças crônicas como o câncer, a diabetes, doenças respiratórias
crônicas e as doenças cardiorrespiratórias já são um dos principais problemas
de saúde pública do mundo, e agora elas também parecem estar associadas
ao agravamento e complicações nos casos do Covid-19.
No estado do Rio de Janeiro, utilizando-se os dados gerados a partir do Sistema de Vigilância Epidemiológico referente as Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) no período de 01 de janeiro a 11 de maio de 2020, pode-se constatar algumas informações. Nesse sistema são notificados todos os casos referentes a Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) encerradas ou não inclusive ao SARS-CoV-2 (COVID-19).
Optou-se por utilizar dados com classificação final COVID-19 e agente etiológico SARS-COV-2.
Os fatores de risco são obtidos no total isolado e outro total comcomorbidades mencionadas nos casos de COVID-19 referentes ao número denotificações, internações, ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e óbitos.
As doenças do aparelho cardiovascular e o diabetes, que apresentam
maiores números relacionados ao COVID-19 representaram em 2019
respectivamente 15.839 e 3.053 mortes no estado.
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DCNTs e a pandemia_versa_o 3 (1).docx