O HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, que compromete o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. Depois de alterar o DNA das células o HIV faz cópias de si mesmo, se multiplica, rompe os linfócitos em busca de outros e continua a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas, ou seja, não desenvolvem a doença. Todo portador do HIV pode transmitir o vírus pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou da mãe para filho durante a gravidez e amamentação. Por isso, é importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Modo de transmissão
Como o HIV, vírus causador da aids, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, a doença pode ser transmitida de várias formas:
- Sexo sem camisinha. Por ser vaginal, anal ou oral.
- De mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação.
- Uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa.
- Transfusão de sangue contaminado com o HIV.
- Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.
Sintomas
Com a proliferação viral contínua e destruição progressiva das células de defesa, o organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções e tumores. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4 – glóbulos brancos do sistema imunológico – que chegam a ficar abaixo de 200 células por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 células por mm³.
Os sintomas iniciais mais comuns são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento. A baixa imunidade permite o aparecimento de infecções oportunistas ou tumores, que recebem esse nome por serem causados por microrganismos que se aproveitam da fraqueza do organismo. Com isso, pode ser atingido o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber ou não seguir o tratamento indicado, pode apresentar tuberculose, pneumonia, toxoplasmose cerebral e alguns tipos de tumores. Por isso, é importante diagnosticar, tratar e impedir a evolução da doença. Faça o teste!
Evolução clínica e Acompanhamento médico
Janela imunológica é o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da aids e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue, que poderão, posteriormente, ser identificados no teste .
Na maioria dos casos, a sorologia positiva é constatada de 30 a 60 dias após a exposição ao HIV. Porém, existem casos em que esse tempo é maior. O teste deve ser repetido após cerca de 120 dias, caso a suspeita seja grande.
É importante que, no período de janela imunológica, a pessoa sempre faça sexo com camisinha e não compartilhe seringas, pois, se estiver realmente infectada, já transmite o vírus.
Com a progressão da deficiência imunológica, podem surgir infecções e tumores oportunistas, que recebem esse nome por serem decorrentes dessa fraqueza do organismo.
O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é essencial em qualquer fase da infecção. Existem casos em que é mais urgente o início do tratamento antirretroviral. Nas consultas regulares, a equipe de saúde precisa avaliar a evolução clínica do paciente. Para isso, solicita os exames necessários e acompanha a resposta ao tratamento. Tomar os remédios rigorosamente, sem perdas de doses, é fundamental para o sucesso do tratamento. Isso é ter uma boa adesão.
O uso irregular dos antirretrovirais (má adesão ao tratamento) acelera o processo de resistência do vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão de interrupção ou troca de medicamentos deve ser discutida com o médico.
No atendimento inicial, são solicitados os seguintes exames: sangue (hemograma completo), fezes, urina, testes para hepatites B e C, PPD (tuberculose), VDRL (sífilis), dosagem de glicose e lipídeos (colesterol e triglicerídeos), avaliação do funcionamento do fígado e rins, além de raios-X do tórax. Outros dois testes fundamentais para o acompanhamento médico são contagem dos linfócitos T CD4+ e carga viral (quantidade de HIV que circula no sangue). Os exames de seguimento para monitorar a resposta terapêutica e possíveis efeitos colaterais devem ser realizados a cada três ou quatro meses (até seis meses para pacientes estáveis)
Normalmente, a coleta de sangue para realizar os exames é feita no próprio serviço em que a pessoa é acompanhada, o Serviço de Assistência Especializada - SAE, em unidades públicas de saúde.
Prevenção
O uso contínuo de preservativo é a medida de prevenção de maior efetividade para se evitar a infecção pelo HIV por via sexual.
A camisinha é distribuída na rede pública de saúde, especialmente nas Unidades Básicas de Saúde e Clinicas da Família da rede SUS.
Todas as pessoas têm o direito de receber preservativo no SUS sem nenhum impeditivo ou dificuldade .
Todavia é importante o conhecimento das demais estratégias de prevenção de forma que as pessoas possam ampliar seus cuidados de acordo com suas possibilidades e limites.
Hoje avalia-se que a motivação para o auto cuidado pode ser potencializada se as pessoas puderem dispor de um leque de alternativas para reduzirem os riscos / danos que vivenciam lançando mão, de acordo com suas possibilidades, de diferentes estratégias de prevenção do HIV. Esta integração de estratégias é denominada Prevenção Combinada e pode incluir as medidas de prevenção abaixo relacionadas. Algumas delas envolve tecnologias que estão disponíveis no SUS, outras não, outras ainda estão em estudo e outras dependem exclusivamente da opção pessoal de cada indivíduo.
- Ampliação da cobertura dos preservativos
- Reprodução Humana Assistida
- Profilaxia pós exposição sexual - PEP Sexual
- Prevenção da Transmissão Vertical
- Tratamento das Doenças sexualmente transmissíveis - DST
- Tratamento ARV como Forma de Prevenção
- Profilaxia pré exposição sexual – PrEP (em estudo)
- Microbicidas
- Circuncisão
- Tratamento da Infecção Viral Aguda
- Autotestagem domiciliar do HIV/Comunicação sobre HIV
- “Escolha de parceiro sexual pela sorologia” (serosorting)/Posicionamento estratégico
- Acordos de relacionamento
- “Coito interrompido”
PEP sexual
PEP sexual (profilaxia pós-exposição sexual) é uma medida de prevenção que consiste no uso de medicamentos (coquetel) até 72 horas após a relação sexual, a fim de diminuir o risco de transmissão do HIV (vírus da aids). Deve ser utilizada em situações excepcionais: não uso do preservativo ou falha na sua utilização como rompimento do mesmo durante a relação sexual. Seu risco aumenta se você teve contato sexual sem preservativo com alguém que tem o HIV ou com segmentos populacionais mais vulneráveis ao vírus (usuário de drogas, profissional do sexo, homem que faz sexo com homem por exemplo). Apenas o profissional de saúde poderá avaliar seu risco e se há indicação da PEP sexual!
Clique aqui para saber os serviços disponíveis em vários municípios de Estado.
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Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA
Os CTAs são serviços de saúde que tem como objetivo a realização de testes para identificar e prevenir as seguintes doenças: Hepatites B e C, AIDS e sífilis, de forma ágil e gratuita. Os testes são realizados em conformidade com as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
Antes da testagem o usuário participa da atividade de aconselhamento, que ocorre de forma coletiva. A entrega do resultado do teste é realizada de forma individual preservando assim, o sigilo do resultado, que constitui um direito de todos aqueles que realizam a testagem.
A finalidade do aconselhamento é orientar e esclarecer dúvida e/ou questionamento relacionado à DSTs e HIV/AIDS e hepatites e construir estratégias dialogadas (entre o usuário e o profissional de saúde) de prevenção.
Independente do resultado do teste, deve ser garantido ao usuário do serviço o acompanhamento de uma equipe de profissionais de saúde capacitados para orientá-lo acerca do resultado do teste e reforço das medidas e formas de prevenção, considerando a realidade e o contexto de cada um.
Em caso de resultado reagente,deve ser garantido a imediata vinculação ao serviço assistencial adequado, considerando as necessidades do usuário. Além de realizar os encaminhamentos necessários a rede de atendimento de referência.
Confira aqui a relação dos centros de testagem atuantes no Estado do Rio de Janeiro!
Vale social
O vale social é um direito assegurado por lei a todos os cidadãos portadores de deficiência física, visual, auditiva e mental, assim como aos portadores de doenças crônicas que estejam em tratamento de saúde e que residam no Estado do Rio de Janeiro. O vale social garante a gratuidade em barcas, trens, metrôs, ônibus e vans intermunicipais. As crianças e adolescentes assim como adultos incapazes de se locomover sozinhos, tem este direito garantido para um acompanhante, designado pelo próprio solicitante. Diversas prefeituras mantêm convênio com a Secretaria Estadual de Transportes para viabilizar de maneira mais simplificada o atendimento de pacientes que realizam tratamento dentro do próprio município e utilizam o transporte intramunicipal.
Clique aqui para saber como acessar a este benefício!
Lei Nº 5977
A Lei Nº 5977, de 24 de maio de 2011 altera a ementa e o Artigo 1º da Lei Nº 2.929, de 30 de abril de 1998, que “dispõe sobre colocação de folhetos explicativos sobre a prevenção da aids e fornecimento de preservativos, em hotéis, motéis e similares, no Estado do Rio de Janeiro”.
Clique aqui para ler a íntegra da lei.
Baixe aqui a sugestão de texto e imagem para utilização por hotéis, motéis e similares.
Lei Nº 5977
A Lei Nº 5977, de 24 de maio de 2011 altera a ementa e o Artigo 1º da Lei Nº 2.929, de 30 de abril de 1998, que “dispõe sobre colocação de folhetos explicativos sobre a prevenção da aids e fornecimento de preservativos, em hotéis, motéis e similares, no Estado do Rio de Janeiro”.
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Outros vídeos:
Luta Contra AIDS - Filme oficial
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AIDS - Campanha para teste rápido
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Última atualização em: 07 de junho de 2016